JOGO DO PATRIMÔNIO CULTURAL: 312 ANOS DE SESMARIA - 1709/2021

 


JOGO DO PATRIMÔNIO CULTURAL: 312 ANOS DE SESMARIA

Bem-vindos ao Jogo do Patrimônio Cultural – 312 anos de Sesmaria. Aqui você poderá aprofundar seus conhecimentos sobre os bens culturais material e imaterial, além dos inventariados de Matias Barbosa/MG.

1- Busto de Garcia Rodrigues Paes – localizado na cidade de Paraíba do Sul/RJ. Responsável pela abertura do Caminho Novo. O Caminho Novo representou muito mais do que uma via de acesso às minas, com destaque para a formação de roças para produção dos gêneros vendidos aos caminhantes que por ali passavam.

2-    Gibão - Peça de indumentária constante nos inventários lavrados para partilha de bens do século XVII, os gibões de armas eram um importante artefato de defesa portado por sertanistas. Como muitos outros gibões, eles cobriam o corpo a partir do pescoço até a altura do quadril ou à meia coxa. Eram espessos, pois recheados densamente de fibras de algodão, de modo que pudessem bloquear as flechas lançadas por inimigos.

3-    Capela de Nossa Senhora do Rosário (Antiga Capela da Fazenda de Nossa Senhora da Conceição do Caminho Novo) - Bem Tombado Federal  - IPHAN pelo  Decreto-Lei nº 025 de 30 de novembro de 1969.

A edificação religiosa rural é um típico exemplar da primeira fase do Barroco Mineiro. Único e último testemunho do século XVIII na área. Nela fizeram suas orações os inconfidentes que passavam pelo local, aprisionados, em sua viagem para o Rio de Janeiro. Na ocasião o inconfidente Coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, agradecendo a hospedagem e oportunidade de orarem na capela.

4- A luminária utilizada pelos mineiros sobre duas picaretas simboliza a atividade mineradora e os dois ramos grandes de café e dois ramos pequenos de fumo de cor verde e com flores vermelhas e arroxeadas, a atividade agrícola.

5- Antigo Registro de Matias Barbosa (Fazenda Nossa Senhora da Conceição) – o Registro que existia na fazenda de Manuel do Vale Amado, ponto de parada obrigatória para fiscalização. Foi demolida na década de 1930, no lugar está hoje a Escola Municipal Lucy de Castro Cabral.

6-    Simboliza o Caminho Novo, primeira via de penetração que passou pela região onde se localiza o Município, para a ligação entre o Rio de Janeiro e as regiões de mineração;

7-    O Painel de Azulejo retrata a evolução dos transportes ao longo dos tempos na cidade, e é obra artística de origem portuguesa que retrata diversas etapas da história do transporte no município. Foi encomendado para ser instalado na antiga Rodoviária, inaugurado 16 de maio de 1968. Configurando-se como importante expressão artística, elemento referencial e marco na paisagem urbana da cidade. O painel de Azulejo foi assinado pelo renomado artista petropolitano, Terson Souza da Cruz, que pintou diversos painéis espalhados pela Europa, América do Norte e América do Sul.

8-    A Ponte da Liberdade, ou Ponte do Arco, foi construída em 1875, conforme os recursos disponíveis na época, destinada ao uso da então Estrada de Ferro Central do Brasil. A ponte é sustentada por um arco de estrutura de pedras emparelhadas aparentes. Os blocos de pedra de arremate e dos cunhais são em bossagem, importados da Inglaterra, e possuem dimensão externa de 38x50 cm.

9-    A Estação Ferroviária de Matias Barbosa foi inaugurada em 1º/10/1875. A obra ocorreu entre os anos de 1874 e 1875 pela Estrada de Ferro D. Pedro II adaptando a antiga Estação da Estrada Rodagem União e indústria ao novo uso. A Estação Ferroviária desempenho papel fundamental a antiga Vila de Mathias Barbosa trazendo progresso e desenvolvimento. Pela plataforma chegou muito imigrantes, em especial italianos. A Estação Ferroviária se destaca também por formar o primeiro núcleo urbano da cidade. Por muitos anos este espaço foi utilizado para embarque e desembarque. Hoje foi novamente adaptada para se transformar em Centro Cultural.   

10- Maria-fumaça. Após passar o pontilhão já se avistava a estação de trem por onde milhares de imigrantes desembarcaram em Matias Barbosa.

11- Grupo Escolar - Escola Estadual Cônego Joaquim Monteiro. O imóvel do início do século XX (inaugurado em 1913), foi construído exclusivamente para abrigar o Grupo Escolar Cônego Joaquim Monteiro. Técnico Responsável pela Construção Dr. João Lustosa (Diretor de Obras do Município de Juiz de Fora). Seu estilo segue as características dos grupos escolares construídos nas primeiras décadas do século XX na região, com partido retangular, pátio interno central descoberto, fachada e planta simétricas, sobre porão alto e o uso de telhas francesas. Porém, seus detalhes e ornatos da fachada principal retratam a influência art-nouveau da época.

12- Casa Ítalo-Brasileira. O imóvel em estilo neoclássico foi construído no final do século XIX pelo comerciante italiano, de origem Veneta, Achile Corti. É uma das únicas edificações que restaram e que ainda marca a presença significativa dos imigrantes italianos em Matias Barbosa. Funcionou a “Casa Italo-brasiliano”, casa comercial especializada em “molhados, mantimentos por atacado e varejo, fazendas, armarinho, roupas feitas, chapéus de sol e de cabeça, ferragens, perfumaria, calçados, louças e etc. A composição de suas fachadas foram inspiradas na sede da Fazenda Belmonte.

13- Prédio do Antigo Laboratório de Biologia Veterinária, LBV. O Laboratório de Biologia Veterinária fundado em 1926 é reconhecido como o primeiro da América do Sul por ser o único neste período a se dedicar na produção de produtos biológicos para medicina veterinária. São considerados pioneiros os seus fundadores: professor Moacyr Alves e Antenor de Castro e Olívio Castro. O Laboratório chegou a fabricar, em seus tempos, cerca de 52 produtos diferentes, transformando-se em orgulho para a cidade de Matias Barbosa.

14- Busto de Getúlio Vargas. Getúlio Vargas freqüentou o município de Matias Barbosa, pois era amigo da Família do Dr. João Rezende Tostes, proprietário da Fazenda São Matheus, em 1934, 1935, 1936 e 1937, que por diversas outras vezes transformou-a em Palácio Presidencial, com guarda de honra e outros aparatos. A iniciativa da colocação do busto de Getúlio Vargas em Matias Barbosa foi dos matienses getulistas. A inauguração se deu em 19 de abril de 1958.

15- Prédio da Cadeia Pública. Imóvel foi construído anos de 1928 e 1929 (inauguração dia 25 de junho de 1929) para sediar o quartel e cadeia pública do município de Matias Barbosa. Tal qual as construções desta época, a edificação é um exemplo de arquitetura eclética com características estilísticas próprias do momento. Apresenta uma fusão de racionalismo clássico e art déco, cujas pretensões posturais imprimiam a presença de um espírito renovador na sociedade que, neste momento, se desligava aos poucos do colonialismo e abria caminhos para a industrialização e modernização. O custo da obra foi de 58:000$000 (cinquenta e oito mil contos de reis – moeda vigente da época e o responsável Pantaleoni Arcuri.

16- Festa da Paroquia – Bem Cultural Imaterial

17- Antiga Sede Cia Mineira de Eletricidade, posteriormente CEMIG. O imóvel, datado do ano de 1912, foi construído pela Companhia Mineira de Eletricidade e inaugurado, em 1913, como “estação distribuição”, quando foi construída uma linha de transmissão de energia elétrica de Juiz de Fora até Matias Barbosa. A inauguração da luz elétrica na cidade se daria no dia 01 de agosto de 1914.

18- O Painel de Azulejo Jornada dos Mártires, réplica da famosa pintura de Antônio da Silva Parreiras (1860-1937) no qual a obra narra a passagem dos “Inconfidentes”, apresentados como mártires da Nação, como heróis em marcha, pela Zona da Mata Mineira, na Vila de Matias Barbosa representada pela pequena Capela do Rosário e o Registro do Caminho Novo.

19- Paço Municipal - A edificação em estilo neoclássico, foi construída entre 1928 e 1929, especialmente para abrigar a sede do recém emancipado município. O projeto do imóvel que seria construído era de autoria do Dr. Luiz de Souza Brandão, Presidente da Câmara e Agente do Executivo.          Seu sistema construtivo é uma estrutura auto-portante com robustos pilares e paredes de tijolos maciços, e sua cobertura de quatro águas, com estrutura de madeira e telhas francesas fica escondida nas fachadas por platibandas e balaustradas de massa na fachada principal reafirmando o seu estilo neoclássico.

20- Estação Ferroviária de Cedofeita - A antiga Estação Ferroviária de Cedofeita foi demolida, os motivos ainda são objetos de estudo e pesquisa. Sendo assim, o atual imóvel foi construído no ano de 1948 para abrigar a nova Estação Ferroviária de Cedofeita para atender uma nova demanda de serviços da estrada de ferro. A denominação da estação se deu em homenagem ao Conde de Cedofeita, o português Henrique Coelho de Souza, sendo mascate tornou-se fazendeiro rico e comendador de ordens brasileiras e portuguesas.

21- O Relógio de Sol em pedra sabão - é uma réplica do século XVIII construído como marco comemorativo dos 300 anos do termo de doação da sesmaria ao fidalgo português Mathias Barboza da Silva. Foi o primeiro monumento inaugurado em outubro de 2009, tratando-se de um magnífico exemplar de relógio de sol equinocial, o primeiro a ser erigido em Matias Barbosa, que já possui um relógio de sol vertical construído no túmulo da família Travnik. Os cálculos são feitos de acordo com a latitude de Matias Barbosa que é de 21°51'54'' S. O Relógio de Sol tem a vantagem de não necessitar de manutenção.

22- Painel Jornada dos Mártires - os inconfidentes que passavam pelo local, aprisionados, em sua viagem para o Rio de Janeiro. Na ocasião o inconfidente Coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, agradecendo a hospedagem e oportunidade de orarem na capela.

23- Chafariz em Pedra Sabão (réplica do século XVIII) - marco comemorativo dos 300 anos do termo de doação de sesmaria ao fidalgo português Mathias Barboza da Silva (1709-2009), remete ao período colonial quando o abastecimento de água era um problema, principalmente nas cidades históricas mais importantes. Dessa forma, foram erigidas diversas fontes públicas, ou chafarizes, onde vinham abastecer os escravos com vasilhame que carregavam sobre as cabeças. Segundo um antigo costume medieval português, a água era canalizada para uma construção, distribuída por bicas, ou carrancas, que jorravam noite e dia, e eram recolhidas num tanque, servindo também como bebedouro de animais. Essas construções consistiam, geralmente, em composição arquitetônica ao sabor da imaginação dos construtores, executadas em alvenaria de pedra, e por vezes, assumindo proporções consideráveis, localizavam-se nos pontos de maior aglomeração, dentro do espírito barroco da época.

24- Painel de Azulejo Evolução dos Transportes – Estrada União e Indústria, BR-3 que atravessavam a cidade de Matias Barbosa/MG.

25- Festa da Fogueira de São João – Bem Cultural Imaterial

26- Painel de Azulejo Jornada dos Mártires - os inconfidentes que passavam pelo local, aprisionados, em sua viagem para o Rio de Janeiro. Na ocasião o inconfidente Coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, agradecendo a hospedagem e oportunidade de orarem na capela.

27- Encontro de Folias de Reis em Matias Barbosa – Bem Cultural Imaterial: Folia de Reis Estrela do Oriente e Folia de Reis Cantinho do Céu.

28- Alusão ao Mathias Barboza da Silva

29- Brasão Comemorativo dos 312 anos do Termo de Doação da Sesmaria ao Mathias Barboza da Silva:  DESCRIÇÃO

  1 – O Escudo:  Escudo em um formato oval. Com utilização generalizada durante o século XVIII, tornou-se, na heráldica portuguesa, o formato de escudo privativo do clero, pela grande influência da Igreja no Brasil Colônia, contendo os seguintes elementos:

1.1 – Chefe (parte superior): Sobre onduladas montanhas de Sinople (verde), que simbolizam a paisagem da terra mineira, observa-se:

1.1.1 - Uma faixa de jalne (ouro) evocando o Caminho Novo, primeira via de penetração que passou pela região onde se localiza o Município, para a ligação entre o Rio de Janeiro e as regiões de mineração. A faixa estreita-se quando atinge a Capela de N. S. Da Conceição do Registro do Caminho Novo, lembrando o Registro que existia na fazenda de Manuel do Vale Amado, ponto de parada obrigatória para fiscalização. Em 1781 fui concedida a Tiradentes a patente de Comandante da Patrulha do Caminho Novo, por três anos.

1.1.2 – No centro, uma reprodução da fachada da capela antes mencionada, único e último testemunho da século XVIII na área, posto que construída em 1777. Considerado marco simbólico das Comemorações dos 312 anos do termo de doação da Sesmaria ao Mathias Barboza da Silva. Nela fizeram suas orações os inconfidentes que passavam pelo local, aprisionados, em sua viagem para o Rio de Janeiro. Na ocasião o inconfidente Coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, agradecendo a hospedagem e oportunidade de orarem na capela.

 1.2 – Campo Principal:

 1.2.1 – Listel de goles (vermelho), com as seguintes inscrições em:

 jalne (ouro). À destra: 1709 – Ano em que Mathias Barboza da Silva recebeu a o termo de doação da Sesmaria que corresponde o território onde hoje se situa cidade e lhe dá o nome. À senestra: 2021 – Ano comemorativo de 312 anos do termo de doação da sesmaria.

 Centro: Mathias Barboza da Silva – Nome do fidalgo português que desempenhou diversas atividades no Brasil Colônia.

1.3 - De goles, com as seguintes representações:

O horizonte representado pelo ouro símbolo de riqueza e o solo representado pela cor vermelho simbolizando as lutas e conflitos vividos por Mathias Barbosa da Silva, observa-se:

1.3.1 – À destra, um escudete de prata carregado de um gibão de goles (vermelho), com as armas bacamarte e espada em homenagem aos Mathias Barboza da Silva no período que foi soldado na Colônia de Sacramento e explorador do Caminho Novo.

1.3.2 – No Centro, um escudete de um tropeiro, um das atividades exercida por Mathias Barboza da Silva.

 1.3.3 – À senestra, um escudete carregado de uma lamparina com duas picaretas representado o período em que foi minerador na Capitania de Minas do Ouro.

2  – Elementos externos:

 2.1 –Coroa Portuguesa, símbolo da Monarquia Portuguesa do século XVIII, representando o poder no Brasil Colônia, período que viveu Mathias Barboza da Silva.

OBSERVAÇÃO: Para fins de impressão, as cores ouro e prata podem ser substituídas por amarelo e branco, respectivamente, o primeiro brasão foi desenhado nas comemorações dos 300 anos no ano de 2009.




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